Curiosidades:
FraseS de Friedrich Froebel:
“Por meio da educação, a criança vai se reconhecer
como membro vivo do todo” Filho de um pastor protestante, Friedrich
Froebel nasceu em Oberweissbach, no sudeste da Alemanha, em 1782. Nove meses
depois de seu nascimento, sua mãe morreu. Adotado por um tio, viveu uma
infância solitária, em que se empenhou em aprender matemática e linguagem e a
explorar as florestas perto de onde morava. Após cursar informalmente algumas
matérias na Universidade de Jena, tornou-se professor e ainda jovem fez uma
visita à escola do pedagogo Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), em Yverdon,
na Suíça. Em 1811, foi convocado a lutar nas guerras napoleônicas. Fundou sua
primeira escola em 1816, na cidade alemã de Griesheim. Dois anos depois, a
escola foi transferida para Keilhau, onde Froebel pôs em prática suas teorias
pedagógicas. Em 1826, publicou seu livro mais importante, A Educação do Homem.
Em seguida, foi morar na
Suíça, onde treinou professores e dirigiu um orfanato. Todas essas experiências
serviram de inspiração para que ele fundasse o primeiro jardim-de-infância, na
cidade alemã de Blankenburg. Paralelamente, administrou uma gráfica que
imprimiu instruções de brincadeiras e canções para serem aplicadas em escolas e
em casa. Em 1851, confundindo Froebel com um sobrinho esquerdista, o governo da
Prússia proibiu as atividades dos jardins-de-infância. O educador morreu no ano
seguinte, mas o banimento só foi suspenso em 1860, oito anos mais tarde. Os
jardins-de-infância rapidamente se espalharam pela Europa e nos Estados Unidos,
onde foram incorporados aos preceitos educacionais do filósofo John Dewey(1859-1952).
O alemão Friedrich Froebel foi um dos primeiros educadores a considerar o início da infância como uma fase de importância decisiva na formação das pessoas – idéia hoje consagrada pela psicologia, ciência da qual foi precursor. Froebel viveu em uma época de mudança de concepções sobre as crianças e esteve à frente desse processo na área pedagógica, como fundador dos jardins-de-infância, destinado aos menores de 8 anos. O nome reflete um princípio que Froebel compartilhava com outros pensadores de seu tempo: o de que a criança é como uma planta em sua fase de formação, exigindo cuidados periódicos para que cresça de maneira saudável. “Ele procurava na infância o elo que igualaria todos os homens, sua essência boa e divina ainda não corrompida pelo convívio social”, diz Alessandra Arce, professora da Universidade Federal de São Carlos.
As técnicas utilizadas até hoje em Educação Infantil devem muito a Froebel. Para ele, as brincadeiras são o primeiro recurso no caminho da aprendizagem. Não são apenas diversão, mas um modo de criar representações do mundo concreto com a finalidade de entendê-lo. Com base na observação das atividades dos pequenos com jogos e brinquedos, Froebel foi um dos primeiros pedagogos a falar em auto-educação, um conceito que só se difundiria no início do século 20, graças ao movimento da Escola Nova, de Maria Montessori (1870-1952) e Célestin Freinet(1896-1966), entre outros.
O alemão Friedrich Froebel foi um dos primeiros educadores a considerar o início da infância como uma fase de importância decisiva na formação das pessoas – idéia hoje consagrada pela psicologia, ciência da qual foi precursor. Froebel viveu em uma época de mudança de concepções sobre as crianças e esteve à frente desse processo na área pedagógica, como fundador dos jardins-de-infância, destinado aos menores de 8 anos. O nome reflete um princípio que Froebel compartilhava com outros pensadores de seu tempo: o de que a criança é como uma planta em sua fase de formação, exigindo cuidados periódicos para que cresça de maneira saudável. “Ele procurava na infância o elo que igualaria todos os homens, sua essência boa e divina ainda não corrompida pelo convívio social”, diz Alessandra Arce, professora da Universidade Federal de São Carlos.
As técnicas utilizadas até hoje em Educação Infantil devem muito a Froebel. Para ele, as brincadeiras são o primeiro recurso no caminho da aprendizagem. Não são apenas diversão, mas um modo de criar representações do mundo concreto com a finalidade de entendê-lo. Com base na observação das atividades dos pequenos com jogos e brinquedos, Froebel foi um dos primeiros pedagogos a falar em auto-educação, um conceito que só se difundiria no início do século 20, graças ao movimento da Escola Nova, de Maria Montessori (1870-1952) e Célestin Freinet(1896-1966), entre outros.
Treino de habilidades:
Por meio de brinquedos que desenvolveu depois de
analisar crianças de diferentes idades, Froebel previu uma educação que ao
mesmo tempo permite o treino de habilidades que elas já possuem e o surgimento
de novas. Dessa forma seria possível aos alunos exteriorizar seu mundo interno
e interiorizar as novidades vindas de fora – um dos fundamentos do aprendizado,
segundo o pensador.
Ao mesmo tempo que pensou sobre a prática escolar, ele se dedicou a criar um sistema filosófico que lhe desse sustentação. Para Froebel, a natureza era a manifestação de Deus no mundo terreno e expressava a unidade de todas as coisas. Da totalidade em Deus decorria uma lei da convivência dos contrários. Isso tudo levava ao princípio de que a educação deveria trabalhar os conceitos de unidade e harmonia, pelos quais as crianças alcançariam a própria identidade e sua ligação com o eterno. A importância do autoconhecimento não se limitava à esfera individual, mas seria ainda um meio de tornar melhor a vida em sociedade.
Além do misticismo e da unidade, a natureza continha, de acordo com Froebel, um sistema de símbolos conferido por Deus. Era necessário desvendar tais símbolos para conhecer o que é o espírito divino e como ele se manifesta no mundo. A criança, segundo o educador, trazia em si a semente divina de tudo o que há de melhor no ser humano. Cabia à educação desenvolver esse germe e não deixar que se perdesse.
Ao mesmo tempo que pensou sobre a prática escolar, ele se dedicou a criar um sistema filosófico que lhe desse sustentação. Para Froebel, a natureza era a manifestação de Deus no mundo terreno e expressava a unidade de todas as coisas. Da totalidade em Deus decorria uma lei da convivência dos contrários. Isso tudo levava ao princípio de que a educação deveria trabalhar os conceitos de unidade e harmonia, pelos quais as crianças alcançariam a própria identidade e sua ligação com o eterno. A importância do autoconhecimento não se limitava à esfera individual, mas seria ainda um meio de tornar melhor a vida em sociedade.
Além do misticismo e da unidade, a natureza continha, de acordo com Froebel, um sistema de símbolos conferido por Deus. Era necessário desvendar tais símbolos para conhecer o que é o espírito divino e como ele se manifesta no mundo. A criança, segundo o educador, trazia em si a semente divina de tudo o que há de melhor no ser humano. Cabia à educação desenvolver esse germe e não deixar que se perdesse.
Educação espontânea:
O caminho para isso seria deixar a criança livre
para expressar seu interior e perseguir seus interesses. Froebel adotava,
assim, a idéia contemporânea do “aprender a aprender”. Para ele, a educação se
desenvolve espontaneamente. Quanto mais ativa é a mente da criança, mais ela é
receptiva a novos conhecimentos.
O ponto de partida do ensino seriam os sentidos e o contato que eles criam com o mundo. Portanto, a educação teria como fundamento a percepção, da maneira como ela ocorre naturalmente nos pequenos. Isso não quer dizer que ele descartasse totalmente o ensino diretivo, visto como um recurso legítimo caso o aluno não apresentasse o desenvolvimento esperado. De modo geral, no entanto, a pedagogia de Froebel pode ser considerada como defensora da liberdade.
O educador acreditava que as crianças trazem consigo uma metodologia natural que as leva a aprender de acordo com seus interesses e por meio de atividade prática. Ele combatia o excesso de abstração da educação de seu tempo, argumentando que ele afastava os alunos do aprendizado. Na primeira infância, dizia, o importante é trabalhar a percepção e a aquisição da linguagem. No período propriamente escolar, seria a vez de trabalhar religião, ciências naturais, matemática, linguagem e artes.
Froebel defendia a educação sem imposições às crianças porque, segundo sua teoria, elas passam por diferentes estágios de capacidade de aprendizado, com características específicas, antecipando as idéias do suíço Jean Piaget (1896-1980). Froebel detectou três estágios: primeira infância, infância e idade escolar. “Em seus escritos, ele demonstra como a brincadeira e a fala, observadas pelo adulto, permitem apreender o nível de desenvolvimento e a forma de relacionamento infantil com o mundo exterior”, diz Alessandra Arce.
Froebel não fez a separação entre religião e ensino, consagrada atualmente, mas via a educação como uma atividade em que escola e família caminham juntas, outra característica que o aproxima da prática contemporânea.
O ponto de partida do ensino seriam os sentidos e o contato que eles criam com o mundo. Portanto, a educação teria como fundamento a percepção, da maneira como ela ocorre naturalmente nos pequenos. Isso não quer dizer que ele descartasse totalmente o ensino diretivo, visto como um recurso legítimo caso o aluno não apresentasse o desenvolvimento esperado. De modo geral, no entanto, a pedagogia de Froebel pode ser considerada como defensora da liberdade.
O educador acreditava que as crianças trazem consigo uma metodologia natural que as leva a aprender de acordo com seus interesses e por meio de atividade prática. Ele combatia o excesso de abstração da educação de seu tempo, argumentando que ele afastava os alunos do aprendizado. Na primeira infância, dizia, o importante é trabalhar a percepção e a aquisição da linguagem. No período propriamente escolar, seria a vez de trabalhar religião, ciências naturais, matemática, linguagem e artes.
Froebel defendia a educação sem imposições às crianças porque, segundo sua teoria, elas passam por diferentes estágios de capacidade de aprendizado, com características específicas, antecipando as idéias do suíço Jean Piaget (1896-1980). Froebel detectou três estágios: primeira infância, infância e idade escolar. “Em seus escritos, ele demonstra como a brincadeira e a fala, observadas pelo adulto, permitem apreender o nível de desenvolvimento e a forma de relacionamento infantil com o mundo exterior”, diz Alessandra Arce.
Froebel não fez a separação entre religião e ensino, consagrada atualmente, mas via a educação como uma atividade em que escola e família caminham juntas, outra característica que o aproxima da prática contemporânea.
Brinquedos criados para
aprender:
Froebel considerava a Educação Infantil
indispensável para a formação da criança – e essa idéia foi aceita por grande
parte dos teóricos da educação que vieram depois dele. O objetivo das
atividades nos jardins-de-infância era possibilitar brincadeiras criativas. As
atividades e o material escolar eram determinados de antemão, para oferecer o
máximo de oportunidades de tirar proveito educativo da atividade lúdica.
Froebel desenhou círculos, esferas, cubos e outros objetos que tinham por objetivo
estimular o aprendizado. Eles eram feitos de material macio e manipulável,
geralmente com partes desmontáveis. As brincadeiras eram acompanhadas de
músicas, versos e dança. Os objetos criados por Froebel eram chamados de “dons”
ou “presentes” e havia regras para usá-los, que precisariam ser dominadas para
garantir o aproveitamento pedagógico. As brincadeiras previstas por Froebel
eram, quase sempre, ao ar livre para que a turma interagisse com o ambiente.
“Todos os jogos que envolviam os ‘dons’ começavam com as pessoas formando
círculos, movendo-se e cantando, pois assim conseguiam atingir a perfeita
unidade”, diz Alessandra Arce. Para Froebel, era importante acostumar as
crianças aos trabalhos manuais. A atividade dos sentidos e do corpo despertaria
o germe do trabalho, que, segundo o educador alemão, seria uma imitação da
criação do universo por Deus.
Para pensar:
Froebel chegou a suas conclusões sobre a psicologia
infantil observando as brincadeiras e os jogos das crianças. Diante das
atividades espontâneas de seus alunos, você já pensou que tem a oportunidade de
entender a psicologia de cada um e também de depreender algumas características
da faixa etária a que eles pertencem?